domingo, 5 de agosto de 2012

Poética (II)

"Com as lágrimas do tempo
  E a cal do meu dia
  Eu fiz o cimento
  Da minha poesia.

  E na perspectiva
  Da vida futura
  Ergui em carne viva
  Sua arquitetura.

  Não sei bem se é casa
  Se é torre ou se é templo
  (Um templo sem Deus.)

  Mas é grande e clara
  Pertence ao seu tempo
  - Entrai, irmãos meus!"

Vinicius de Moraes.
Meu tempo é quando, página 36, Fundação Banco do Brasil, 1990.

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